quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Apple Pie

Depois de anos ostracizada por comentários aos meus cozinhados, chega finalmente o momento do volte-face!

Quem no passado se referiu ao meu bolo de iogurte (receita extremamente rara e complexa que envolve iogurte de morango e farinha Branca de Neve...), como, e passo a citar "Isto parece broa!".

Quem no passado, mostrando a sua peculiar imbelicidade se referiu aos meus côcos como parecendo realmente acabados de cair da árvore, fazendo uma grotesca e pouco subtil insinuação à sua "sólida" estrutura, (acusação totalmente falsa!) provará o amargo sabor da vingança.

Pois então, todos vocês enfrentem a verdade, e mostrem vergonha pelos vossos actos.

Aqui a minha jeitosa, que não deixa margem para dúvidas, leva-me a conquistar o lugar ao sol na elite das tartes e das tortas ou lá como se chama!



Engulam lá esta afronta hã!!

Mas para todos verem como sou cândida e indulgente, concedo o acto de bondade de deixar aqui a valiosa receita, que passou de mão em mão ao longo de séculos na minha família. Há registos de uma quebra na tradição pela minha tetravó, que, segundo diz os registos, não a entregou pela mão, mas sim pelo coto, pois perdeu ambas as mãos durante um acidente com rojões.

Portanto, aqui fica o segredo que dificilmente encontrariam caso pesquisassem no Google com as palavras "Tarte de Maçã".

Esta é a transcrição fiel da receita:

Pega-se num bocado de farinha dentro do prazo, e depois com uma colher de sopa daquelas que se usam para comer a sopa tira-se 10 garfadas de farinha para um balde. Ajunta-se 2 ovos daqueles com gema, os de chocolate não servem para o serviço. De seguida vai-se buscar a cana de açúcar, esmaga-se e junta-se mel, mistura-se a mistela toda e deixa ferver. (Se tiverem o açúcar que tem o elefante também dá. Bastam 10 colheres de sopa.)
Para completar, ajunta-se no balde mais 6 colheres de leite e 5 colheres de óleo vegetal. (Veio-se a verificar que banha não resultava muito bem!). Uma pita de sal Continente. E pois claro, as maçãzinhas fresquinhas bem cortadinhas para dar um ar limpinho ao produto final. Depois vai tudo ao lume e deixa ficar até estar encrostadinho.

Como podem verificar, a receita encontra-se um pouco codificada, uma medida para contrariar impertinentes voyeurs. De qualquer forma, espero ter sido útil...de uma maneira ou de outra...

Desejo-vos um resto de semana muito doce!


Aparte final: Tarte realizada ao som da música "This Is The Life" que está de uns tempos para cá, pregada às paredes interiores do meu cerebelo.



5 comentários:

Anónimo disse...

Eu diria mais!!!! se os americanos conhecessem os teus "coquinhos", não hesitariam em usá-los como armas de arremesso... seria a destruição total!!!! por isso n divulgues a receita! a Humanidade agradece!


bjus

Nodjiii

Jo disse...

dassssss...és mesmo cão que não conhece o dono!És mesmo sujeito que cospe na sopa que come!Bem podes ficar a saber que não pões essas tuas mãos corrompidas pela ingratidão na minha tarte!E nem um côco meu te vai passar à frente!Fdsss!Acabou-se!Merendinhas para ti não há!Chupista!

Anónimo disse...

Oh miúda! o Nodjiii tem razão em relação aos teus "coquinhos".

Mas, esta tarte tem um aspecto maravilhoso (na foto! Não posso dizer se estará ou não aprovada!!!LOL

No entanto, penso que desta vez tiveste sorte na cozinha porque cozinhaste ao som, realmente de uma música realmente bastante agradável!!! E, realmente é uma música que se "cola" nas paredes do nosso cerebelo... (Isto é tua culpa por me transmitires tais vícios!!!LOL )

Bjinhus

J.T.

R.Joanna disse...

Deixo-me agua na boca, e eu nao conheço os cozinhados a que tais nobres pessoas aludem :)

Aqui entre nós: só há bem pouco tempo aprendi a estrelar convenientemente um ovo, por isso... Admiro-te! :D

Jo disse...

ehehe...infelizmente esta é bem capaz de ser a única coisa que me saiu em condições do forno nos últimos 4 anos!!:D

O que importa é nunca desmoralizar, e nunca abrir o forno 5 minutos depois de lá ter posto um bolo, aparentemente a gravidade tende a fazer-se sentir.ihih